Façamos a seguinte análise para dispor de uma provável tese a médio prazo:
Quais as mudanças significativas na GCM ao longo da atual gestão?
Segue algumas:
a) Criação da Escola de Comando da GCM;
b) regulamentação das atribuições da GCM;
c) convênios com a Polícia Militar;
d) transferência de atribuições da GCM à PM;
e) enfraquecimento do poder de atuação da GCM;
f) novos mecanismos de comunicação da GCM vinculados e supervisionados pela PM;
g) protelamento de tomada de decisões trabalhistas salariais;
h) desativação de bases fixas e transferência de algumas à PM;
i) desvio do foco policial para social das ações da GCM;
j) indicação de coronéis e demais militares para diversos cargos municipais, inclusive sub-prefeitos;
k) supressão e posterior re-criação da Secretaria Municipal de Segurança Urbana;
l) criação da "Ouvidoria" da GCM;
m) possibilidade de ações da GCM desarmada e/ou sem uniforme; etc...
Percebemos que não é apenas uma questão de opinião política e sim um procedimento muito bem orquestrado e com um objetivo final.
Percebemos que tais ações interferem diretamente na estrutura funcional da GCM como "comportamento de Comando" e na moral dos integrantes em geral em face da opinião da municipalidade.
Como praticamente todas as mudanças afetam em grande parte os escalões superiores com a premissa de "poder de decisão", somente quando as ações DEFINITIVAS começarem a ser aplicadas diretamente nos "praças", isto é, nos guardas de 1ª, 2ª e 3ª classes e Classes Distintas é que poderemos vislumbrar concretamente o futuro da Guarda Civil de São Paulo. Até o momento não se vislumbra "progresso", apenas estagnação...
Publicado no Blog "Os Municipais" em 28 de abril de 2010.